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quarta-feira, 14 de março de 2012

Cerâmica Lobi - Burkina Faso


Cerâmica tradicional africana

Esses potes estão entre os mais raros e caros da cerâmica africana.
Os mais antigos datam do inicio do século 20.
A tampa tem quatro lados e encaixa-se de maneira quase imperceptível no topo.
Existem duas associações de mulheres ceramistas a oeste de Burkina, perto de Banfora.
Umma está perto de Nankana no Tiebele e a outra perto de Karaboro.
Esses grupos trabalham para os antiquários de Uagadugu (a capital do pais) e Bobo, na produção desses potes.

País Lobi

Este povo singular tem sabido conservar muito bem seus costumes e tradições.
Suas casas chamadas "sukala", com paredes de barro e tetos com terraços, chamam a atenção.
Estão espalhadas pela aldeia, não se agrupando.
Esse povo estabeleceu-se perto das fronteiras da Gana e Costa do Marfim.
Gaoua é o centro do País Lobi.
Muito perto se encontram as ruinas de Loropéni.
Lobi foi colonizado pelos franceses.
As aldeias e famílias ainda estão marcadas pela lembrança desse período doloroso.
Burkina Faso está situado no oeste da África, sendo um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do continente africano.
Não tem acesso ao mar e seu território consiste de matas e relvas sobre um planalto.
A paisagem árida e rochosa torna-se verde, apenas durante alguns poucos meses do ano.
A maioria dos habitantes vive da agricultura e da criação de gado.

Burkina Fasso 

Dos povos de Burkina Fasso, os Mossis são os que têm a história mais longa. Os Mossis da região de Latenga formaram um reino organizado no século XIV e mudaram a capital para Uagadugu, em meados do século XV.
A França tomou Uagadugu em 1897 e transformou o reino Mossi em protetorado francês. Em 1919, a França criou a colônia do Alto Volta, mas extinguiu-a em 1932, dividindo seu território entre três outras colônias francesas: Costa do Marfim, Sudão Francês (hoje Mali) e Níger. Em 1947, a França tornou a criar o Alto Volta, com as fronteiras anteriores a 1932.
Em 5 de agosto de 1960, o Alto Volta tornou-se uma república independente, com Maurice Yaméogo como presidente. Em 1966, o Sindicato dos Trabalhadores organizou uma greve geral, em protesto contra a redução de salários, proposta pelo governo. Os militares, liderados pelo general Sangoulé Lamizana, realizaram um golpe de Estado e depuseram Yaméogo da Presidência.
Com o processo de abertura política do início da década de 1970, foram realizados plebiscitos para referendar a nova Constituição do país e eleger os membros do Poder Legislativo. Mas, em 1974, Lamizana suspendeu a Constituição, aboliu o cargo de primeiro-ministro e dissolveu o Congresso. A partir daí, continuou a governar com o auxílio de um Ministério, formado na maior parte de militares, até 1980.
Em 1983, o capitão Thomas Sankara realizou outro golpe de Estado e instaurou um regime de inspiração soviética. No ano seguinte, Sankara mudou o nome do país de Alto Volta para Burkina Fasso. Em 1987, o capitão Blaise Compaoré chefiou um golpe de Estado que foi responsável pela deposição e morte de Thomas Sankara. Até 1991, o país viveu sob nova ditadura militar. Mas, com o colapso do bloco soviético, a situação das ditaduras africanas ficou difícil de ser sustentada.
Em 1991, um referendo aprovou uma nova Constituição, que restabeleceu o multipartidarismo. A eleição presidencial convocada, então, por Blaise Compaoré, pretendia conferir-lhe legitimidade, mas a eleição foi boicotada pela oposição, que questionou a honestidade da votação, já que Compaoré era candidato único. Apenas 25% dos eleitores votaram em Compaoré.
Em 1999, a morte do jornalista Norbert Zongo, que investigava um crime, cujo principal suspeito era o irmão do presidente, gerou protestos em todo o país.