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terça-feira, 13 de março de 2012

Cerâmica Nok


Cerâmica tradicional africana

Há aproximadamente dois mil e quinhentos anos, quando Cartago mal começava a despontar como potencia ao norte da África, florescia no território da atual Nigéria uma das civilizações mais fascinantes da Historia do continente: a cultura Nok.
O Antigo Egito caia sob a dominação persa e, na Grécia, Péricles conduzia Atenas ao período de seu maior esplendor.
Foi nesse mesmo tempo que os Nok produziam a escultura africana mais antiga que se conhece, além da egípcia.
São figuras humanas de terracota, feitas a mão por agricultores sedentários dedicados ao cultivo do inhame e do óleo de palma, com os olhos de forma mais ou menos triangular, perfurados ao centro e com penteados elaborados,
Os Nok, que nunca formaram um grupo homogêneo, desapareceriam misteriosamente séculos depois, ao final do primeiro milênio DC, em consequência da fome ou de alguma epidemia.
E junto com eles, suas terracotas, que vinculavam os mundos sobrenatural e material de seu povo, honrando a seus deuses e antepassados e propiciando a fertilidade.
Uma casualidade fez que em 1929, fossem descobertas, no interior da Nigéria, os primeiros vestígios dessa civilização.
E de 1932 a 1943, as primeiras figuras de um povo que exerceu uma influencia decisiva nas culturas posteriores, como Ife a antiga capital religiosa do reino Ioruba, que alcançou seu esplendor entre os séculos X e XIV, e nas esculturas de bronze do reino de Benin, entre XII a XIX.
Hoje, as terracotas Nok são umas das mais apreciadas pelos colecionadores de arte africana.