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terça-feira, 13 de março de 2012

Djenné - arte da cerâmica


Cerâmica tradicional africana

Djenné é uma pequena cidade no centro do Mali. Situa-se a oeste do rio Bani.
A cidade é famosa pela Grande Mesquita de Djenné, originalmente construída em 1220 e reconstruída em 1907.
A antiga cidade de Djenné foi uma rica cidade-mercado murada, conhecida durante muitos séculos por ser o encontro das rotas das caravanas do Saara;
Um centro de comércio e aprendizagem, conquistada várias vezes desde a sua fundação.
O centro histórico da cidade foi declarado Património Mundial da UNESCO em 1988.
É parte da região de Mopti.
As centenas de estatuetas de terracota do delta interior do Níger, chamadas de Djenné devido ao nome da cidade próxima ao sitio arqueológico de Djenné-Djeno, estão dispersas pelo mundo em coleções particulares e museus.
As famosas estatuetas Bankoni, assim chamadas por causa de uma aldeia de nos arredores de Bamako, tiveram a mesma sorte, como também as figuras de bronze, de valor arqueológico inestimável, procedentes dos planaltos do Mema, na região de Ségu.
As originais provêm, entre outros sítios, da curva do Níger, um dos focos culturais e artísticos mais interessantes da África.
Os temas recorrentes s das esculturas Djenné é a posição acocorada das figuras humanas, a serpente, enroladas sobre si mesma, e os motivos decorativos em forma de ziguezague sobre os personagens.
A serpente nos remete a sua origem mítica, e fala de uma moça que foi enterrada viva em homenagem a píton sagrada.
As terracotas antropomorfas representam figuras em três posições: de pé, sentadas e acocoradas.
Os corpos das figuras mais antigas são lisos, enquanto que as posteriores estão adornadas com desenhos geométricos, colares, punhais enfiados nas aljavas, e braceletes nos antebraços e punhos.
Nas terracotas femininas se se ressaltam os seios, praticamente o único elemento que as diferencia das masculinas, pois os rostos são bastante indefinidos.
Chama-nos atenção a disposição da cabeça, quase sempre reclinada de forma antinatural.
O queixo pronunciado resultando em um rosto ovalado de olhos amendoados, nariz triangular e lábios grossos.
Nas figuras equestres, características de Djenné, é frequente a impressão de movimento que se obtém flexionando as patas.
Outras vezes apresentam os cavalos completamente rígidos.