Seguidores

terça-feira, 13 de março de 2012

Cerâmicas de Sokoto

Cerâmica tradicional africana

As cerâmicas mais antigas encontradas no continente africano remontam ao VI milênio A.C., conforme demonstram certos fragmentos recolhidos no deserto do Saara.
Podem distinguir-se dois tipos de objetos:
As esculturas e os utensílios de uso cotidiano.
Apesar de terem sido fabricados com as mesmas técnicas, esses diferem radicalmente quanto a sua função e natureza.
Enquanto a escultura tinha significado ritual ou mágico, os elementos domésticos eram concebidos para fins domésticos e práticos.
Os utilitários podiam conter leite ou grãos, cerveja ou mel, ervas curativas e também as cinzas dos familiares falecidos.
Cada um deles adaptava sua forma e aspecto externo a uma função precisa.
A cerâmica africana antiga era frequentemente modelada por mulheres, já que esse tipo de obras encontrava-se intimamente relacionada com os rituais de fertilidade e o processo de criação da vida.
Em determinadas regiões do continente, usavam-se outras técnicas, além do torno,
para moldar objetos.
As mulheres de Sokoto (pronuncia-se Xokôtô) elaboravam objetos a partir de uma única porção de argila.
As terracotas encontradas em Sokoto ao norte da Nigéria, procedem das antigas culturas Nok e Kwatakwashi, e tem por volta de 2000 anos de antiguidade.
Receberam o nome de Sokoto por critérios puramente formais, segundo os locais de onde foram descobertas.
Até hoje não se pode atribuir sua origem certa.

Hauçá-Fulani

Ao oeste de Borno a cerca de 1.000 A.D., o povo Hauçá iniciava a formação de estados semelhantes nas cidades de Kano, Zaria, Daura, Katsina, e Gobir. Porém, ao contrário do povo Kanuri, nenhum regente nesses estados chegou a deter de tantos poderes suficientes para se impor sobre os demais. Embora os Hauçás falassem o mesmo idioma, tivessem a mesma cultura, e praticassem a mesma religião islâmica, porém não tiveram um rei em comum. Kano, que era o mais poderoso desses estados, mantinha o seu domínio sobre todos os estados Hauçás nos séculos XVI e XVII, mas os conflitos com os estados circunvizinhos acabaram com esse domínio. Por causa desses conflitos, o povo Fulani, liderado por Usman Dan Fodio em 1804, desafiou com êxito os estados Hauçás e montou o Califato Hauçá-Fulani com sede em Sokoto, e comandando uma larga área que começava de Katsina ao norte se estendendo até Ilorin, no outro lado do Rio Níger.