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quarta-feira, 14 de março de 2012

Tecidos de rafia da etnia Kuba - Congo


Arte Têxtil Africana

O domínio da tinturaria pelos africanos é antigo e há séculos é responsável pelas belas cores de seus têxteis. Tingidos com índigos e outros pigmentos naturais como os terrosos e a cochonilha, a importância da tinturaria africana reside na competente utilização dos mordentes. Exemplo disso é a engenhosa técnica de estamparia por mordentes vegetais e lama dos tecidos bogolan do Mali. Esses tecidos produzidos pela etnia Bambara são preciosos em suas cores contrastantes, geralmente em tons de cáquis, café e preto, com detalhes em branco produzidos à cal sódica, e suas padronagens se compõem de grafismos fonéticos e decorativos, com representações labirínticas. Esses labirintos geométricos também estão presentes na estamparia dos povos de etnia Kuba do Congo, seja nos seus "veludos" de ráfia ou nos pequenos tecidos em retângulos, costurados, aplicados e bordados com belos grafismos, tingidos também com terras e taninos. O hábito dos Kubas de tecerem suas peças em pequenos teares portáteis, produzindo pequenas peças que depois são emendadas e costuradas também é característico dos tecidos "Kentés", dos Axantes do Gana. São faixas estreitas multicoloridas, em listras e xadrezes, que são costuradas pelas laterais. Originalmente produzidos com fios de algodão e seda, hoje os "Kentés" recebem fios sintéticos na trama, comprometendo muito sua qualidade e beleza.