No Reino do Benin, os altares para as mãos, ou Ikegobo,
celebram as realizações individuais no mundo material:
A posse de escravos, mulheres e animais.
Por isso a decisão de erigir um altar para as mãos é do
próprio indivíduo e não uma exigência divina.
Cabe à pessoa avaliar aquilo que conquistou durante a vida.
As mãos estão associadas com ação, produtividade, e
princípio de mudança, fonte para qualquer realização.
Elas também são consideradas fonte de riqueza, status e
sucesso para todos aqueles que dependem de habilidades manuais e de força
física.
Dependendo do status de seu dono dentro da hierarquia do
reino, esses altares podem ser de madeira, barro ou latão.
O recipiente cilíndrico que forma esse relicário ou altar,
consiste em duas partes:
Um cilindro e uma tampa.
Sobre a tampa será esculpida a figura do seu dono, e na base
cilíndrica um friso com todos os sacrifícios oferecidos ao mundo espiritual.
A imagem principal é obviamente é a de seu proprietário
fazendo um gesto simbólico, que representa o gesto de acumulo de bens em suas
mãos.